Poucos filmes nacionais podem se orgulhar de ter uma alma tão brasileira quanto “As Sete Vampiras” (1989). Ivan Cardoso combina na mesma obra elementos inicialmente díspares que se revelam insolitamente afins: chanchada, quadrinhos, horror, ficção científica dos anos 50, canastrice dramática, erotismo. E o que poderia acabar se tornando apenas uma mera colcha de retalhos de influências simpáticas acaba se revelando uma produção de singular coesão criativa. O roteiro do veterano Luchetti abarca com habilidade todas essas referências e oferece uma trama divertida como poucas sem que a mesma se afogue em excessivas homenagens e citações. Além disso, Cardoso mostra mão firme na condução de sua narrativa sem perder aquele espírito tipicamente bagaceiro tão característico de sua carreira como cineasta.
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