sábado, novembro 14, 2009

O Milagre de Santa Ana, de Spike Lee ***1/2


Depois de assistir a filmes extraordinário como “A Última Noite” (2002) e “O Grande Plano” (2006), obras que mostram um Spike Lee no topo do domínio das lides cinematográficas, eu estava com muitas expectativas para “O Milagre de Santa Ana” (2008). Afinal, Lee prometia um filme definitivo na abordagem da participação dos negros na 2ª Guerra Mundial. Dessa forma, era de se esperar algo no nível, no mínimo, de “A Conquista da Honra” (2006), o sensacional épico naturalista e amargo de Clint Eastwood sobre o mencionado conflito. Assistindo à produção em questão, entretanto, veio a decepção. O problema é um excesso de momentos melodramáticos que jogam o filme para o convencionalismo padrão que geralmente ronda o gênero, principalmente nas seqüências finais, quando a trama volta para o presente. Isso não quer dizer, entretanto, que “O Milagre de Santa Ana” seja uma obra dispensável. Muito longe disso. Lee conduz com rigor e empolgação as cenas de ação, além de alternar com sensibilidade realismo e instantes quase oníricos durante a narrativa.

Mesmo não estando entre o melhor da filmografia de Spike Lee, “O Milagre de Santa” confirma o seu nome como um dos talentos diferenciados no atual panorama cinematográfico.

Um comentário:

André Kleinert disse...

No geral, 2009 tem sido um ano decepcionante para as grandes expectativas cinematográficas que eu tinha. Nesse sentido, talvez a maior tenha sido "Inimigos Públicos". O filme é muito bom, mas é o pior da carreira do Michael Mann. Mas tudo bem, de gente como Spike Lee e Michael Mann se pode sempre esperar algo de relevante.