É claro que “Submarino Amarelo” (1968), sob um olhar contemporâneo, apresenta alguns excessos. A trama padece de um certo “bicho-grilismo” em demasia, a psicodelia das imagens soam um pouco banalizadas em algumas seqüências. Mesmo assim, assistir a essa animação continua sendo uma experiência inquietante. A conjunção da música dos Beatles com um visual delirante rende cenas que oscilam entre o encantador e o assustador. A narrativa difusa alude a uma viagem lisérgica que não necessariamente conduz somente a momentos agradáveis. É como se a estranha versão Disney para “Alice no País da Maravilhas” fosse jogada num barril de LSD. E de certa forma, “Submarino Amarelo” também parece antecipar o conceito do atual Rock Band dos Beatles na questão de procurar uma tradução para os olhos do ideário sonoro dos 4 rapazes de Liverpool.
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