A pretensão de “Ele Não Está Tão a Fim de Você” (2009) é alta. O filme propõe fazer uma radiografia das relações amorosas nesse novo milênio por uma perspectiva menos idealizada. Em alguns momentos, até consegue fazer prevalecer essa visão mais realista dos jogos de sedução e das dificuldades sentimentais inerentes aos relacionamentos entre homens e mulheres, o que coloca a produção em um nível acima da média das comédias românticas recentes (se bem que para isso não precisaria de muito esforço). Por melhores que sejam as suas intenções, entretanto, o filme por várias vezes cai em chavões simplistas, sendo que as soluções finais para os conflitos expostos no roteiro são óbvias e poucos convincentes. Fica-se com a impressão de que o diretor Ken Kwapis ficou receoso em fazer uma conclusão mais contundente que ofendesse o público cativo do gênero, optando por resoluções tão escapistas e improváveis quanto outras obras francamente melosas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário