Tem uma coisa que tenho lido/ouvido com uma certa freqüência e que considero um tremendo exagero: com a terceira parte recém-lançada, “Toy Story” se firma como a melhor trilogia cinematográfica já realizada. Não que essa nova seqüência seja um mau filme. Muito pelo contrário, até! Mas francamente: existem outras tríades de filmes bem melhores. Só numa primeira pensada, já se saca da mente obras fundamentais como a série do “Poderoso Chefão”, as produções de “spaghetti western” da parceria Sergio Leone e Clint Eastwood e a trilogia clássica de “Star Wars”. Por outro lado, mesmo a Pixar já fez coisa até superiores à linha “Toy Story” como “Os Incríveis” (2004), “Ratatouille” (2007) e “Wall-E” (2008).
“Toy Story 3” (2010) mantém o nível de qualidade das produções da Pixar. Nessa altura do campeonato, falar da beleza do traço de uma animação “pixariana” é chover no molhado (e até porque os filmes de outras produtoras do gênero que apareceram nos últimos anos também têm apresentado esse alto padrão gráfico). O que diferencia “Toy Story 3” (e, por consequência, outras obras da Pixar) é a eficiente dinâmica de sua narrativa, bem como um roteiro bem amarrado, o que garante o interesse não apenas do público infantil, como do adulto também. Nesse novo capítulo da saga dos brinquedos, inclusive, há até avanços nesses aspectos. Trama e ambiência adquirem um certo tom melancólico e sombrio que não eram tão evidentes nas partes anteriores. Toda a seqüência no lixão, por exemplo, é antológica pelas altas doses de ação e tensão nas cenas (assustam, efetivamente, não apenas as crianças mais inocentes).
Mesmo pecando por um certo excesso no sentimentalismo (o que é até acaba sendo natural pelo tema abordado do fim da infância), “Toy Story 3” se mostra como uma animação acima da média da grande maioria dos filmes pipocas da temporada 2010, mas mesmo assim longe de ser essa obra-prima que estão pintando por aí.
“Toy Story 3” (2010) mantém o nível de qualidade das produções da Pixar. Nessa altura do campeonato, falar da beleza do traço de uma animação “pixariana” é chover no molhado (e até porque os filmes de outras produtoras do gênero que apareceram nos últimos anos também têm apresentado esse alto padrão gráfico). O que diferencia “Toy Story 3” (e, por consequência, outras obras da Pixar) é a eficiente dinâmica de sua narrativa, bem como um roteiro bem amarrado, o que garante o interesse não apenas do público infantil, como do adulto também. Nesse novo capítulo da saga dos brinquedos, inclusive, há até avanços nesses aspectos. Trama e ambiência adquirem um certo tom melancólico e sombrio que não eram tão evidentes nas partes anteriores. Toda a seqüência no lixão, por exemplo, é antológica pelas altas doses de ação e tensão nas cenas (assustam, efetivamente, não apenas as crianças mais inocentes).
Mesmo pecando por um certo excesso no sentimentalismo (o que é até acaba sendo natural pelo tema abordado do fim da infância), “Toy Story 3” se mostra como uma animação acima da média da grande maioria dos filmes pipocas da temporada 2010, mas mesmo assim longe de ser essa obra-prima que estão pintando por aí.
Um comentário:
O maior exemplo do que uma franquia de animação deve ser: cativante e convincente para o mercado. Passa anos-luz de muita frescurada do gênero que eu ando vendo atualmente...
Cultura na web:
http://culturaexmachina.blogspot.com
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