Quem viu “Estômago” (2007), o contundente longa de estreia de Marcos Jorge, vai estranhar quando assistir a “Corpos Celestes” (2009). Provavelmente pensará: como é que o segundo filme de um cineasta pode parecer mais amador que o primeiro? A resposta é simples. “Corpos Celestes”, na verdade, estava praticamente pronto antes de “Estômago” começar a ser rodado, mas este último acabou sendo lançado antes.
Em “Corpos Celestes” pode-se perceber as boas intenções de Marcos Jorge e Fernando Severo. O roteiro é convencional, mas bem estruturado em termos de delineamento dos personagens e situações. A ideia de inserir discretas trucagens digitais de imagens e conceitos astronômicos é criativa e a seleção dos temas musicais que servem de trilha é de inequívoco bom gosto. O problema da produção, entretanto, é não conseguir pegar esses elementos isolados e inseri-los numa narrativa fluida. A encenação é frágil e quase mambembe – fotografia e edição oscilam entre uma rigidez formal e a pura falta de imaginação. A própria interpretação dos atores é sintomática do espírito da obra: empostada, quase um teatro mal filmado. A seqüência final de “Corpos Celestes” sintetiza com fidelidade o que há de errado – o que era para ser catártico e revelador acaba soando apenas banal e sem convicção.
Em “Corpos Celestes” pode-se perceber as boas intenções de Marcos Jorge e Fernando Severo. O roteiro é convencional, mas bem estruturado em termos de delineamento dos personagens e situações. A ideia de inserir discretas trucagens digitais de imagens e conceitos astronômicos é criativa e a seleção dos temas musicais que servem de trilha é de inequívoco bom gosto. O problema da produção, entretanto, é não conseguir pegar esses elementos isolados e inseri-los numa narrativa fluida. A encenação é frágil e quase mambembe – fotografia e edição oscilam entre uma rigidez formal e a pura falta de imaginação. A própria interpretação dos atores é sintomática do espírito da obra: empostada, quase um teatro mal filmado. A seqüência final de “Corpos Celestes” sintetiza com fidelidade o que há de errado – o que era para ser catártico e revelador acaba soando apenas banal e sem convicção.
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