Dentro do gênero cada vez mais em voga dos documentários sobre música, “Jards Macalé – Um Morcego na Porta Principal” (2008) não apresenta muitas novidades: imagens de arquivo, entrevista com o biografado, depoimentos de familiares e amigos, opiniões de críticos e músicos. Mesmo assim, não dá para acusar o filme de mesmice, até porque Macalé, apesar da importância da sua obra, não é um artista com grande reconhecimento por parte do público. Além disso, ele por si só já é uma figura que foge bastante dos padrões, tanto pelas suas canções quanto pela sua visão das coisas. A produção talvez decepcione alguns fãs de velha data por se concentrar mais em alguns dados biográficos e causos divertidos do que em detalhes de gravações de discos ou em digressões sobre a arte de Macalé. É de se louvar, entretanto, que os diretores Marco Abumjara e João Pimentel conseguem captar muito da natureza irrequieta e sardônica do músico, assim como ressaltam a sua participação fundamental na consolidação da música brasileira moderna. “Um Morcego na Porta Principal” também pode servir como uma divertida porta de entrada para aqueles que não conhecer o universo singular e genial de Macalé.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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