Pode parecer heresia uma releitura do clássico faroeste “Rastros de Ódio” (1956) ambientado em um mundo futurista apocalíptico cujos heróis e vilões, respectivamente, são padres lutadores de artes marciais e vampiros. O resultado final de “Padre” (2010) acaba comprovando as suspeitas: trata-se de uma tremenda picaretagem. Mas ao mesmo é uma picaretagem divertida. Cenários e sequências de ação remetem a uma caracterização típica de um vídeo game, mas também pagam tributo aos quadrinhos (aliás, o roteiro é baseado em um HQ), o que acaba dando ao filme uma dinâmica narrativa até razoável. Além disso, Paul Bettany (no papel título) e Karl Urban (vivendo um poderoso vampiro mutante) conseguem estabelecer uma certa tensão como antagonistas. No final das contas, é uma produção esquecível, mas como filme de ação é bem mais decente, por exemplo, que aquela breguice do “Thor”.
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