Assim como os pinguins psicóticos de “Madagascar”, os
minions fazem aquela linha de coadjuvantes engraçadinhos e esquisitos que
acabam ganhando mais popularidade que os protagonistas de seus respectivos
filmes e merecendo um filme só para si. Em ambos os casos, as produções em que se
tornam figuras principais não justificam tal ascensão e até mesmo evidenciam
suas fragilidades em termos de construção de personagem. No caso de “Minions”
(2015), isso fica evidente de maneira que beira o constrangedor. Se nos filmes
da franquia “Meu malvado favorito” (que já não eram grande coisa) as
criaturinhas já pareciam uma piada de graça já limitada, na animação em questão
fica difícil sustentar interesse apenas nelas. Os minions até fazem lembrar,
devido ao seu dialeto sem sentido e visual “monstrinho”, os marcianos dementes
do sensacional “Marte ataca!” (1996). Só que os diretores Pierre Coffin e Kyle
Balda estão bem longe de ter o senso de humor perverso e genial de Tim Burton.
Não há caracterização convincente de personagens e nem alguma tensão que se
extraia da trama. Predomina apenas a banalidade sem graça de uma produção
oportunista, em que mesmo as referências à cultura dos anos 60 que permeiam o
roteiro soam pueris e gratuitas.
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