quarta-feira, julho 08, 2015

O exterminador do futuro: Gênesis, de Alan Taylor ***


Não é novidade que a grande inspiração para o primeiro “O exterminador do futuro” (1984) foi a HQ “Dias de um futuro esquecido”, clássica saga dos X-Men. Aliás, esse arco de histórias é tão bom que acabou recebendo uma bela adaptação para o cinema no mais recente filme da franquia dos mutantes. A produção original dirigida por James Cameron levou aquela influência dos “comics” para um patamar diferenciado, combinando o clima sórdido de ficção científica B com uma dinâmica de aventura típica dos gibis de super-heróis. Na continuação dirigida por Cameron em 1991, havia uma ambientação mais grandiosa, épica, mas ainda em sintonia com aquela equação artística da primeira parte. O grande mérito de “O exterminador do futuro: Gênesis” (2015) é justamente retomar esse pique dos dois primeiros filmes da série. É claro que o diretor Alan Taylor está bem longe de ter a mesma classe formal de Cameron. Ainda sim, seu filme é bem convincente na mescla de reciclagem e atualização dos cânones da franquia. Há cenas que evocam elementos antológicos das obras dirigidas por Cameron, principalmente em detalhes de trucagens e enquadramentos. Por outro lado, esse novo capitulo aprofunda o conceito sobre viagens no tempo e a possibilidade de existência de dimensões paralelas, gerando algumas soluções criativas para a trama que oscilam entre o estapafúrdio e o bem sacado. Nesse contexto, o filme de Taylor faz a franquia se aproximar novamente da ambientação de aventura alucinada das HQs. Esse sopro renovador joga essa retomada da saga para algo além da continuação oportunista e deixa até uma curiosidade para o que vem por aí nas inevitáveis continuações.

Um comentário:

Marcelo Castro Moraes disse...

Eu particularmente achei alguns momentos exagerados com relação as viagens do tempo e a solução que eles fizeram para manter um dos protagonistas ainda vivo achei muito boba.