sábado, janeiro 23, 2010

No Meu Lugar, de Eduardo Valente **


A estrutura narrativa de “No Meu Lugar” (2009) remete diretamente a obras como “Pulp Fiction” (1994) e “Amores Brutos” (2000), em que a trama se divide em episódios separados que se desenrolam em tempos diferentes, ou de forma simultânea, até chegar a determinados pontos em que se entrecruzam e complementam o sentido do roteiro. No caso de “No Meu Lugar”, a motivação para esse relacionamento de histórias diferentes acaba soando estéril. O diretor Eduardo Valente é tão comportado e previsível na condução do filme que antes da metade da duração do mesmo já dá para adivinhar o que une todos aquele personagens e situações, sendo que tal justificativa nem é tão interessante assim. Há também um excesso de seqüências contemplativas ou puramente de atos cotidianos que tornam o filme desnecessariamente longo e pouco ágil. A preocupação em buscar uma profundidade psicológica para os personagens também funciona contra a produção, no sentido que torna a narrativa ainda menos compacta

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