Mesmo dentro do já decantado gênero de filmes em que o mundo é visto sob um olhar juvenil, “Stella” (2008) traz algumas boas qualidades. Para começar, a produção não cai na armadilha fácil de oferecer uma protagonista excessivamente doce e ingênua. A garota Stella é adorável em alguns momentos, mas também é cheia de rompantes de mau-humor e parece sempre pronta a entrar em discussões. Ou seja, comporta-se como uma pré-adolescente normal. Apesar de inserida em um microcosmo doméstico e escolar, vários aspectos da sociedade contemporânea a rodeiam: pai e mãe a um passo da separação e do adultério, discriminação social no colégio que freqüenta e até mesmo abuso sexual. Mas se a diretora Sylvie Verheyde evita uma perspectiva idealizada da vida da menina, também não deixa aflorar a via de um melodrama recheado de desgraças. Ao contrário: os desejos sexuais prestes a despertar de Stella não são ignorados e algumas seqüências do filme são tomadas por um erotismo inesperado e inebriante. Os fatos negativos que marcam a sua vida são mais vistos como etapa natural do seu amadurecimento e não como eventos trágicos.
A narrativa cinematográfica que Verheyde oferece para “Stella” é eficiente e convencional, não tendo a mesma ousadia formal de “Entre os Muros da Escola” (2009), outra produção francesa recente a focalizar a juventude. Mesmo assim, é uma obra de sensibilidade peculiar que merece uma conferida.
A narrativa cinematográfica que Verheyde oferece para “Stella” é eficiente e convencional, não tendo a mesma ousadia formal de “Entre os Muros da Escola” (2009), outra produção francesa recente a focalizar a juventude. Mesmo assim, é uma obra de sensibilidade peculiar que merece uma conferida.
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