Já li vários contos e romances de Sherlock Homes escritos por seu criador, Arthur Conan Doyle. É claro que isso não me faz autoridade sobre o personagem, mas em relação a essa versão cinematográfica de 2009 confesso que me desagradou justamente por se distanciar muito da essência literária do personagem. Holmes perdeu bastante da aura de mistério que sempre o envolveu e se transformou em uma espécie de mutante com poderes de dedução que adora se meter em confusões e brigas. Sua parceria com Watson ficou reduzida àquelas duplas policiais estilo “Máquina Mortífera”.
Incomoda também em “Sherlock Holmes” a direção burocrática de Guy Ritchie – em nenhum momento pode-se sentir o toque pessoal de obras como “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes” (1998), “Snatch – Porcos e Diamantes” (2000) e “RocknRolla” (2008). Além disso, há seqüências de ação com uso medíocre de câmera lenta que evocam os momentos mais nefastos de Zach Snyder. Ritchie ficou também demasiadamente preso a uma fórmula de narrativa que se detém em explicar os métodos de dedução de Holmes. Se no início esse recurso chega a ser curioso, com o passar do tempo o seu uso insistente o torna enfadonho.
“Sherlock Holmes” se salva por uma direção de arte habilmente estilizada em uma Londres envolta em uma “sujeira bonita”, além de excelente trilha sonora de Hans Zimmer, que combina marcantes temas incidentais com canções de tons tradicionais e folclóricos.
Agora se há interesse em ver um Sherlock Holmes interessante longe dos originais de Conan Doyle, recomendo a leitura da magnífica minissérie em quadrinhos “A Liga Extraordinária”, que traz uma inesquecível participação de Holmes duelando com seu maior inimigo, Professor Moriarty.
Incomoda também em “Sherlock Holmes” a direção burocrática de Guy Ritchie – em nenhum momento pode-se sentir o toque pessoal de obras como “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes” (1998), “Snatch – Porcos e Diamantes” (2000) e “RocknRolla” (2008). Além disso, há seqüências de ação com uso medíocre de câmera lenta que evocam os momentos mais nefastos de Zach Snyder. Ritchie ficou também demasiadamente preso a uma fórmula de narrativa que se detém em explicar os métodos de dedução de Holmes. Se no início esse recurso chega a ser curioso, com o passar do tempo o seu uso insistente o torna enfadonho.
“Sherlock Holmes” se salva por uma direção de arte habilmente estilizada em uma Londres envolta em uma “sujeira bonita”, além de excelente trilha sonora de Hans Zimmer, que combina marcantes temas incidentais com canções de tons tradicionais e folclóricos.
Agora se há interesse em ver um Sherlock Holmes interessante longe dos originais de Conan Doyle, recomendo a leitura da magnífica minissérie em quadrinhos “A Liga Extraordinária”, que traz uma inesquecível participação de Holmes duelando com seu maior inimigo, Professor Moriarty.
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