Essa produção norte-americana de 2009 tem como grande mérito uma aura irônica e difusa que paira sobre algumas seqüências, principalmente nos flashbacks de tons quase oníricos baseados em lembranças recheadas de loucura, sexo, drogas e desajustes familiares que compõem o passado da personagem título. O contraste desses momentos anárquicos com a modorrenta rotina da Pippa Lee madura é inquietante e também constitui um ponto forte do filme. “A Vida Íntima de Pippa Lee” peca no seu terço final, quando a diretora Rebecca Miller parece se lembrar que está realizando uma obra comercial e adequa a confusão de sentimentos e sensações da protagonista para uma digerível conclusão edificante, além de pender para o exagero caricatural em algumas situações, principalmente na caracterização da criatura vivida por Winona Ryder.
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