Confesso que estou no pequeno grupo que não acha um horror a
primeira parte de “Fúria de Titãs” (2010). Apesar das simplificações do roteiro
e da rasa densidade dramática, ali havia uma obra que pelo menos empolgava nas seqüências
de ação e nos bons efeitos digitais. Diante de sua continuação lançada no
corrente ano, entretanto, devo dar razão aos detratores da franquia em alguns
aspectos. Os mesmos defeitos de antes estão ali (e ainda piorados – Sam Worthington
atinge um alto nível em sua canastrice, por exempo) e a encenação de batalhas não
tem a mesma fluência de antes. As trucagens não apresentam o cuidado estético
da primeira parte, soando extremamente genéricas. No saldo final, a impressão
que se tem é que a continuação surgiu mais por necessidades mercadológicas do
que por uma inspiração criativa de produtores e afins. Claro que seria até
ingenuidade esperar algo diferente, mas pelo menos a cara-de-pau caça níquel do
filme não precisava ficar tão evidente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário