A equação “desenho animado infantil + consciência ecológica”
pode sugerir que “O Lorax: Em Busca da trúfula perdida” (2012) seja apenas mais
uma obra a navegar na seara do politicamente correto estéril que predomina
neste tipo de filme. O resultado final, entretanto, dessa animação passa bem
longe da chatice e da superficialidade. Os diretores Chris Renaud e Kyle Balda
conseguem evidenciar uma ironia sutil e levemente ácida ao elaborarem uma fábula
que combina tom de fábula e toques de ficção científica apocalíptica, além de
pequenas alfinetadas em princípios caros da sociedade ocidental contemporânea.
Na concepção formal, a qualidade gráfica de cenários e personagens impressiona
ao variar cenários coloridos e estapafúrdios (na caracterização de cidades “utópicas”
e high tech de gosto estético duvidoso), ambientações sombrias e paisagens
bucólicas. Quem dera que todo discurso ecológico viesse sempre embalado com a
qualidade artística desse “O Lorax”....
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário