segunda-feira, junho 18, 2012

Um dia, de Lone Scherfig **


A fórmula narrativa de “Um dia” (2011) é simples e, a principio, soa como uma boa sacada: narrar a evolução do relacionamento de um casal por 20 anos, centralizando sempre no mesmo dia de cada ano. Na abordagem, a diretora Lone Scherfig concilia um lado romântico com um certo viés realista, no sentido de buscar fatos que criem uma identificação com uma parcela da audiência. O resultado final, entretanto, é de frouxidão temática e formal. A composição dramática é pouco consistente, rasa mesmo, com Scherfig se apoiando em golpes sentimentais e algumas lições edificantes para ganhar o espectador. Além disso, o roteiro pouco aprofunda o desenvolvimento dos personagens e situações. A captação do espírito de cada época que o filme retrata é superficial, parecendo se limitar à diferenciação de figurino e na escolha de canções da trilha sonora (nesse último quesito, pelo menos fica evidente que a década de 90 foi um belo período para o rock e pop!).

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