quarta-feira, outubro 10, 2012

O que esperar quando vocês está esperando, de Kirk Jones *1/2


Talvez a narrativa-mosaico, onde não existe um protagonista definido (a maioria dos personagens são “principais”), seja o formato ideal para genéricas comédias românticas na linha “água-com-açucar” edificante. Afinal, com tantos personagens na trama não haveria a necessidade de desenvolvê-los com alguma profundidade. Bastaria colocá-los vivenciando algum drama corriqueiro e depois lhes dar o devido final feliz. “O que esperar quando você está esperando” (2012) ilustra bem essa tendência. Sob o pretexto de focar as delícias e agruras da maternidade/paternidade, o filme adota uma postura de almanaque de conselhos e situações superficiais na intenção de criar uma identificação com a platéia. A concepção formal do diretor Kirk Jones é bastante limitada em termos criativos: direção de fotografia e edição estilo “comercial de margarida” e atores e atrizes fotogênicos em interpretações no piloto automático. É provável que agrade um público menos exigente, mas também é possível que fuja logo da lembrança desse mesmo espectador.

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