terça-feira, outubro 23, 2012

O vingador do futuro, de Len Wiseman **1/2


Vamos convencionar uma coisa: por mais que diretores, produtores e atores tentem nos convencer que eles se envolvem em refilmagens por razões artísticas, a verdade é que a grande maioria de tais “releituras” (e até mesmo os tão falados reboots) tem por fim principal objetivos comerciais. O que não é demérito ou surpresa: cinema, antes de tudo, é indústria... Encarando por tal perspectiva é que se pode entender porque alguém ousaria fazer uma nova versão, em pleno 2012, para “O vingador do futuro”, obra exemplar do gênero ficção científica de aventura lançada em 1990, um filme que por si só não precisaria ser melhorado em praticamente nada. Na comparação, a versão mais recente dirigida por Len Wiseman não chega aos pés em termos de criatividade e como narrativa da produção original comandada pelo holandês genial Paul Verhoeven. Não há um astro carismático como Arnold Schwarzenegger como protagonista, um vilão assustador como o mítico Michael Ironside e, principalmente, o senso de humor perverso e violento estabelecido por Verhoeven. Se olharmos o filme de Wiseman sem essa sombra de uma comparação pesada com um clássico, entretanto, até pode-se perceber alguns detalhes expressivos como as interessantes trucagens e direção de arte que lembram outros grandes filmes do gênero. Mas no final das contas, acaba sendo muito pouco, numa visão que extrapola o simples interesse mercantilista, para justificar uma pretensa recriação.

Um comentário:

Marcelo Castro Moraes disse...

No fim não passa de um passa tempo esquecível.