Uma obra mostrando fatos típicos no amadurecimento de um
adolescente, como as primeiras experiências sexuais e desilusões, não chega a
ser uma novidade no cinema. O que acaba fazendo com que uma obra como “Tudo que
eu amo” (2009) seja cativante e desperte o interesse das platéias é o estilo
sereno da direção de Jacek Borcuch e alguns detalhes particulares do contexto
histórico em que a trama de desenvolve. Focalizando um jovem vocalista de banda
punk na Polônia em 1981, marcado pelo auge das divergências entre o governo
comunista e o movimento do sindicato solidariedade, o filme estabelece uma
forte relação intrínseca entre o intimismo da vida pessoal de seu protagonista
com o conturbado momento político e social de seu país. A narrativa tem uma dinâmica
que oscila entre a melancolia, a tensão e o vigoroso. Nesse último quesito, são
antológicos os números musicais, tanto pela qualidade das canções quanto pelo
tom frenético das apresentações (altamente educativas para fãs de bandinhas emo
brasileiras saberem o que é punk rock).
Um comentário:
Maneiro
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