Dentro das franquias de animação que aparecem atualmente nos
cinemas, a de “Madagascar” é uma das menos expressivas em termos artísticos,
pouco fugindo da fórmula “bichos fofinhos, referências engraçadinhas e números
musicais coloridinhos”. Uma das poucas coisas efetivamente engraçadas e
marcantes que havia nos filmes em questão era o grupo de pinguins alucinados,
beirando o psicótico, que apareciam em alguns momentos. Dava até vontade de ver
um filme só com eles. Os produtores da série parecem que compartilharam da
mesma impressão e tiveram a sacada mercadológica de colocar tal ideia em
prática. O resultado final, entretanto, é decepcionante. “Os pinguins de
Madagascar” (2014), ainda que usufrua do carisma de seus protagonistas, padece
da mesma anemia criativa da série da qual se originou. O potencial de
esquisitice e ironia dos pinguins é explorado de forma pouco criativa, com os
realizadores se contentando com as soluções rotineiras de sempre. Não há, por
exemplo, o grafismo exuberante e a tensão dramática de “Operação Big Hero”
(2014), mas apenas um desfile burocrático de fofices e piadinha (algumas poucas
engraçadas, e boa parte delas nem tanto...).
Um comentário:
Os pinguins até são engraçados na fraca franquia Madagascar, mas são subaproveitados neste filme caça-níqueis que copia descaradamente o argumento de Meu Malvado Favorito 2.
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