sexta-feira, janeiro 23, 2015

Os pinguins de Madagascar, de Simon J. Smith e Eric Darnell **


Dentro das franquias de animação que aparecem atualmente nos cinemas, a de “Madagascar” é uma das menos expressivas em termos artísticos, pouco fugindo da fórmula “bichos fofinhos, referências engraçadinhas e números musicais coloridinhos”. Uma das poucas coisas efetivamente engraçadas e marcantes que havia nos filmes em questão era o grupo de pinguins alucinados, beirando o psicótico, que apareciam em alguns momentos. Dava até vontade de ver um filme só com eles. Os produtores da série parecem que compartilharam da mesma impressão e tiveram a sacada mercadológica de colocar tal ideia em prática. O resultado final, entretanto, é decepcionante. “Os pinguins de Madagascar” (2014), ainda que usufrua do carisma de seus protagonistas, padece da mesma anemia criativa da série da qual se originou. O potencial de esquisitice e ironia dos pinguins é explorado de forma pouco criativa, com os realizadores se contentando com as soluções rotineiras de sempre. Não há, por exemplo, o grafismo exuberante e a tensão dramática de “Operação Big Hero” (2014), mas apenas um desfile burocrático de fofices e piadinha (algumas poucas engraçadas, e boa parte delas nem tanto...).

Um comentário:

Anônimo disse...

Os pinguins até são engraçados na fraca franquia Madagascar, mas são subaproveitados neste filme caça-níqueis que copia descaradamente o argumento de Meu Malvado Favorito 2.