É provável que tanto os fãs do seriado televisivo “The
Family Guy” quanto aqueles que curtiram muito “Ted” (2012), ambos criações do
diretor e roteirista Seth MacFarlane, terão uma baita decepção ao assistir “Um
milhão de maneiras de pegar na pistola” (2014). A premissa da produção até que é
interessante: tirar um sarro com os clichês e a aura mítica do gênero dos
faroestes. Por vezes, dá para perceber algumas boas sacadas irônicas de
MacFarlane nesse processo de dessacralização. O que prejudica tais boas
intenções, entretanto, é uma formatação equivocada ao extremo – o espectador
tem a constante impressão de que está assistindo a uma longa apresentação de
stand up por parte de MacFarlane, tendo como cenários paisagens e cidades poeirentas,
locais típicos de um “bangue-bangue”. Tal escolha do diretor traz sérios prejuízos
ao ritmo narrativo de seu filme, tirando qualquer traço de fluência e
naturalidade. Em algumas sequências, surge um eventual rasgo de boa comédia, com
uma abordagem oscilando entre o delirante e o escatológico. Mas no geral o que
predomina é uma verborragia irritante de MacFarlane em piadas e comentários
pretensamente ácidos e de resultados cômicos pífios.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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