Seria muito fácil apenas catalogar “Psych-Out” (1968) como uma típica produção sessentista hiponga. Afinal, todo o ideário psicodélico está presente no filme: música viajante (Strawberry Alarm Clock, Seeds), drogas lisérgicas, personagens desajustados. É claro que a obra é bem emblemática da época, mas é correto dizer também que a mesma se sustenta pelos seus méritos artísticos. O diretor Richard Rush propõe uma narrativa marcada por um certo tom experimental, típica de outras produções do período (“Viagem ao Mundo da Alucinação”, “Sem Destino”), em que a montagem oscila entre o fluido e o acidental e a direção de fotografia emula imagens difusas, tudo isso aludindo às constantes “chapações” dos personagens.
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