Confesso que não vejo grandes problemas na questão de refilmagens. Cinema também é indústria, e nessa concepção é normal querer ganhar dinheiro reaproveitando uma ideia que já deu certo. Em alguns casos, no quesito artístico, uma nova versão até pode se rivalizar em pé de igualdade com a obra original. Como exemplo recente, pode-se lembrar a nova visão de Werner Herzog para “Vício Frenético”, primeiramente realizado por Abel Ferrara em 1992, em que o cineasta alemão apenas utilizou o mote central da produção de Ferrara e enveredou por caminhos estéticos diferentes. No caso desta revisão de “Karatê Kid” (2010), entretanto, o que se vê é uma mera reciclagem mais pálida do original de 1984. O que diferencia a presente reatualização, além de alguns pequenos detalhes da trama, é o fato de que as coreografias das lutas marciais pendem muito para o irreal do que os combates mais verossímeis do primeiro filme (algo que seria inevitável tendo o acrobático Jackie Chan no elenco). Quando “Karatê Kid” sai do âmbito das cenas de ação, revela-se como uma produção medíocre na encenação pueril dos dramas de seus personagens, o que fica ainda mais agravado pelo fato de Jaden Smith ser um protagonista pouco dotado de carisma – até o menino chinês que é o seu principal antagonista tem mais presença de cena que o filho do Will Smith.Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
quarta-feira, outubro 20, 2010
Karatê Kid, de Harald Zwart **
Confesso que não vejo grandes problemas na questão de refilmagens. Cinema também é indústria, e nessa concepção é normal querer ganhar dinheiro reaproveitando uma ideia que já deu certo. Em alguns casos, no quesito artístico, uma nova versão até pode se rivalizar em pé de igualdade com a obra original. Como exemplo recente, pode-se lembrar a nova visão de Werner Herzog para “Vício Frenético”, primeiramente realizado por Abel Ferrara em 1992, em que o cineasta alemão apenas utilizou o mote central da produção de Ferrara e enveredou por caminhos estéticos diferentes. No caso desta revisão de “Karatê Kid” (2010), entretanto, o que se vê é uma mera reciclagem mais pálida do original de 1984. O que diferencia a presente reatualização, além de alguns pequenos detalhes da trama, é o fato de que as coreografias das lutas marciais pendem muito para o irreal do que os combates mais verossímeis do primeiro filme (algo que seria inevitável tendo o acrobático Jackie Chan no elenco). Quando “Karatê Kid” sai do âmbito das cenas de ação, revela-se como uma produção medíocre na encenação pueril dos dramas de seus personagens, o que fica ainda mais agravado pelo fato de Jaden Smith ser um protagonista pouco dotado de carisma – até o menino chinês que é o seu principal antagonista tem mais presença de cena que o filho do Will Smith.
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