quarta-feira, julho 18, 2012

Catacumbas, de David Schmoeller ***


Os mais ranhetas podem fazer as reclamações óbvias em relação a “Catacumbas” (1988): o roteiro é previsível, os atores são canastrões, as trucagens são datadas. Mas esse tipo de coisa não costuma ser empecilho quando o diretor David Schmoeller está envolvido com alguma produção no gênero horror. No filme em questão, o cineasta consegue aproveitar com competência os elementos tradicionais do gênero, estabelecendo uma atmosfera sombria e convincente para uma trama típica para esse tipo de obra – um secular demônio insidioso, padres supersticiosos e repressores, mocinhas virginais, mortes graficamente explícitas na violência e no sangue. Os recursos de produção são típicos do cinema B fantástico oitentista norte-americano, mas isso não chega a afetar a capacidade de Schmoeller em estabelecer alguns expressivos climões de suspense e horror (e que ficam ainda mais realçados pela bela música de Pino Donaggio). Pelo contrário: essa aparente “fuleiragem” de “Catacumbas” até lhe dá um certo charme cult.

Nenhum comentário: