Um filme de suspense/horror que tem como protagonista
um senhorio assassino/tarado/psicopata (e que no passado foi um oficial nazista)
que mata suas inquilinas já seria algo muito promissor. Mas se esse papel
principal é vivido pelo maníaco-mor Klaus Kinski, a obra acaba ganhando um
status de imperdível. É justamente o que ocorre com “Perversão assassina” (1986).
Kinski está ótimo nos seus bizarros trejeitos e expressões, mas reduzir o
interesse na obra apenas na sua interpretação seria injusto. O diretor David
Schmoeller cria alguns climas de tensão perturbadores, tanto pela sombria direção
de fotografia quanto pela expressiva trilha sonora (retomando a bem sucedida
parceria com o grande compositor Pino Donnagio). A pensão onde se desenvolve a
trama acaba se tornando um personagem próprio, principalmente pela forma como a
câmera se movimenta, o que acentua ainda mais a atmosfera de suspense que
permeia o filme. É de se destacar ainda a plasticidade das tomadas de violência
– ainda que brutais, demonstram um notável requinte no seu detalhamento visual
e na sua composição cênica.
Tão divertido quanto ver “Perversão assassina” é assistir a
Schmoeller relembrando detalhes de bastidores da realização do filme, principalmente
no que diz respeito à participação conturbada de Kinski, a um ponto que a hipótese
dele ser demitido no meio das filmagens sempre foi provável – o fato dele ter
participado até o fim foi um verdadeiro milagre...
Um comentário:
Excelente hoje 01/02/2023 encontrei esse filme com grande dificuldade mesmo com a net , e nunca esqueci tendo assistindo com 18 anos na epoca obg
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