Apesar de não ser um legítimo representante do
expressionismo alemão, “O asfalto” (1929) apresenta elementos semelhantes aos daqueles
de tal estética cinematográfica. Apresentando uma estrutura clássica de
melodrama, o filme se destaca em detalhes que perventem o seu gênero,
principalmente no que diz respeito a uma certa ambiência sórdida e na sua ambigüidade
temática – há um perturbador conflito que oscila entre a atração e a repulsa na
relação amorosa entre um policial honesto e uma sedutora ladra de jóias. O
diretor Joe May estabelece uma narrativa envolvente, em que mesmo excessos
emocionais nas caracterizações de situações e personagens ganham vigorosa dimensão
dramática em meio a um trabalho esmerado da direção de fotografia que explora
habilmente os jogos de claro e escuro.
Um comentário:
Um filme que não envelheceu muito com o tempo.
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