Ao contrário de “A supremacia Bourne” (2004) e “O ultimato
bourne” (2007), filmes em que o diretor Paul Greengrass consolidou a estética
dos filmes de ação de estilo documental com muita câmera tremida ou fora do
foco principal, “O legado Bourne” (2012) adota
um formalismo mais tradicional, mas que não deixa de ser inquietante. A trama
continua girando em torno daquele feijão de arroz com conspirações, tramóias
governamentais e traições diversas. O diretor Tony Gilroy consegue extrair
dessas obviedades temáticas seqüências marcantes em termos de tensão e aventura.
A edição e a direção de fotografia formam um todo mais coerente e visualmente
rico do que os outros filmes da franquia. Mesmo nos momentos mais frenéticos,
prevalece esse estilo sereno tanto de filmar como de montagem, em que o
espectador consegue entender o que está acontecendo na encenação. Além disso, Jeremy
Renner consegue compor um protagonista bem
mais carismático que aquele interpretado por Matt Damon.
Um comentário:
Foi um projeto arriscado, mas só pela cena do laboratório já valeu o ingresso.
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