Um filme como “O juiz” (2014) é o tipo de obra que não
parece surgir como uma inspiração de um roteirista ou diretor, mas sim como uma
equação econômica de algum produtor mercenário. Ele deve ter pensado: “Hum,
filmes de tribunal costumam render um lucro praticamente certo”. E daí o nosso
amigo picareta pode ter concluído ainda: “E se eu acrescentar o gênero melodrama
familiar com lições de vida? Eu estarei rico”. O resultado de todas essas
considerações é uma produção que faz lembrar um Frankenstein alquebrado – o roteiro
parece seguir um manual de clichês e apelações dignas de uma telenovela, o seu formalismo
vazio se baseia numa encenação burocrática e fotografia asséptica e destituída
de personalidade, um elenco cujos principais nomes (Robert Duvall e Robert
Downey Jr.) estão com a cabeça em outro lugar (provavelmente constrangidos com
os diálogos que têm de proferir), temas musicais melosos a pontuar os momentos
mais “dramáticos” do filme. Mas o que mais irrita ainda é que “O juiz”
transparece se levar a sério demais, mesmo tomado pela cretinice temática e estética
que exala de forma constante. E toda essa mediocridade se arrasta por intermináveis
141 minutos....
2 comentários:
E dizem que ainda tem chances para o Oscar
Este filme dirigido por David Dobkin, é muito bom, eu gostei do começo ao fim. Eu acho que esse diretor detém um excelente trabalho e se preocupa com todos os detalhes que fez o filme com Robert Downey Jr. eu acho que é um pouco lento, mas se ele recebe a devida atenção desde o início parece um filme realmente grande .
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