Não é o caso de “Se Beber, Não Case! Parte II” (2011) ser um mau filme. Ele é até bom, com alguns momentos bem divertidos. Mas esta continuação também é decepcionante no sentido que na comparação com o primeiro filme acaba deixando a desejar. A narrativa demora a engrenar – dá para dizer que o filme começa a ganhar um ritmo mais fluente só quando o trio de protagonistas desperta num quarto de hotel bagaceiro em Bangcoc. Há as doses de escatologia grossa e piadas sacanas, mas sem aquele pique alucinado do primeiro filme. Além disso, Zach Galifianakis e Ed Helms apresentam uma certa afetação preguiçosa em suas atuações. Tanto que o habitual canastrão Bradley Cooper é o que apresenta uma maior naturalidade em cena. Mas o que perturba mesmo em “Se Beber, Não Case! Parte II” é quando se pensa como um filme que tem sodomia e automutilação pode soar tão “família”. A horrível e moralista sequência final é sintomática dessa contradição, manchando o saudável espírito de celebração do hedonismo da franquia (sim, franquia, afinal já estão até falando numa terceira parte....).
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