A premissa de “De repente pai” (2013) até que é
interessante: a de um homem maduro e inconsequente (Vince Vaughn) que descobre
ser pai de mais 500 por ter vendido várias vezes o seu esperma alguns anos atrás.
Assim, ele acaba interagindo com boa parte de sua prole sem que eles saibam. O
roteiro tem algumas boas sacadas, principalmente pelo fato de que alguns desses
filhos representam vertentes diferentes de comportamentos, classes sociais e
até mesmo condições de saúde, configurando uma espécie de panorama da juventude
ocidental contemporânea. E mesmo que Vaughn praticamente repita o papel de cara
carismático e malandro que interpreta na grande maioria das oportunidades em
que atua, ele acaba se saindo bem no papel. O que incomoda no filme,
entretanto, é que na concepção formal o diretor Ken Scott pouco ousa,
conformando-se em repetir fórmulas narrativas bem convencionais, aqui que de
forma competente.
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