O que se pode esperar basicamente de uma animação que não
seja dos grandes estúdios norte-americanos são duas coisas: que traga alguma
particularidade estética ou temática que fuja dos padrões comerciais “normais”
ou que tenha um certo nível de qualidade que a aproxime das produções
tradicionais do gênero. “Um time show de bola” (2012), animação argentina, não
se enquadra em nenhum dos dois casos. Ainda que utilize o futebol como mote
central de sua trama, não se sente nessa obra do diretor Juan José Campanella
algo que a diferencie essencialmente de outros desenhos animados da Disney,
Pixar, Dreamworks ou afins: os conflitos do roteiro, a estrutura narrativa e
até mesmo o traço gráfico pouco diferem daquilo que já estamos acostumados a
ver. Por outro lado, não há a mesma fluência de linguagem cinematográfica e
textual do melhor que tem aparecido no campo das animações nos últimos tempos.
O filme soa truncado e envelhecido no ritmo de sua narrativa. Pode ser que seja
uma experiência inicial do cinema argentino a explorar o filão das animações
para grandes platéias, mas do jeito que ficou faz supor que existe ainda um
longo caminho a ser trilhado...
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