Dentro do gênero de franquias de fantasia para adolescentes,
“Jogos vorazes 2 – Em chamas” (2013) até se mostra acima da média. O filme tem
uma atmosfera sombria convincente por vezes, as seqüências de ação têm uma
pegada mais casca grossa, o nível das atuações é mais expressivo. Não
justifica, entretanto, toda a babação de ovo que a obra tem ganhado por crítica
e público em geral. A primeira parte do filme, quando é mostrado o panorama de
uma sociedade futurista distópica, é longa em demasia, além de ser primária no
seu pseudo-discurso filosófico/político. O filme ganha mais interesse na sua
segunda parte, onde o tom de aventura é mais dominante. Mesmo assim, fica
evidente que a produção é originária de uma obra literária, pois vários
personagens e situações se mostram delineados de forma muito superficial, como
se estivessem ali só para justificar sua presença para os fãs dos livros. Ou
como explicar a absurda participação de segundos de um ator tão prestigiado
quanto Toby Jones? Assim, por mais longa que seja a duração dessa continuação
de “Jogos vorazes”, fica pelo caminho a constante impressão de que passagens do
roteiro são encenadas de forma apressada e mal desenvolvidas, o que não torna
devidamente crível as transformações pessoais pelos quais as personagens
passam. Fica-se com a impressão de assistir a um grande novelão com algumas
boas passagens de ação brutal.
Um comentário:
Antes assim do que ser mais uma franquia Crepusculo
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