Os anos 60 foram pródigos em produções cinematográficas que oscilavam em uma linha tênue entre o experimental e o comercial, abordando, geralmente, temas tabus. Boa parte desses filmes vinculava-se ao gênero “exploitation”, que, apesar de menosprezado por uma ala da crítica, seguidamente apresentava obras que traziam ousadias tanto formais como temáticas. “Mundo Proibido” (1966) está inserido dentro desse contexto histórico e estético. Focalizando a rotina de um bem sucedido comerciante de pornografia, e que nas horas vagas age como estuprador, há uma profusão de seqüências que envolvem sexo e drogas, embaladas em uma narrativa instigante que abarca trejeitos de documentário e cenas de puro e difuso delírio visual. Desavisados podem erroneamente pensar em “trash” ou coisa que o valha, mas “Mundo Proibido” revela em sua essência um estilo cinematográfico inquietante e muito bem delineado.
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