sexta-feira, fevereiro 05, 2010

A Selva, de William Berke *


Essa produção norte-americana/indiana de 1952 é uma legítima tranqueira que beira o “trash”. O grande mote de sua trama é a presença de mamutes que aterrorizam tribos indianas. O expectador passa todo o filme na expectativa de ver os tais bichos pré-históricos, e quando no final os mesmos aparecem chega a ser ridícula a sua caracterização: elefantes domesticados e vagarosos cobertos por mantas que simulam pelos ou algo parecido. Mas esse ainda não é o cúmulo da picaretagem do diretor William Berke em “A Selva”. Ao longo da narrativa, ele insere trechos de documentários de animais brigando na selva, sendo que o descompasso entre tais trechos e as seqüências filmadas por Berke é evidente de forma constrangedora. Mesmo com todas essas tosquices, entretanto, assistir a “A Selva” é uma experiência peculiar, principalmente pelo tom ingênuo e o humor involuntário que permeiam a obra, típicos de uma época cinematográfica que se perdeu com o tempo.

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