Essa produção francesa de 2006 combina crônica familiar amarga com toques de suspense. É claro que dentro desse último elemento há uma abordagem típica das películas daquele país, lembrando muito o cinema de Claude Chabrol: ambientação seca, planos longos, trilha musical quase inexistente. O resultado é uma atmosfera tensa, quase claustrofóbica, que permeia a história da dissolução moral e psicológica de uma família interiorana vista pelos olhos de uma criança. O cineasta Laurent Achard constrói um clima constante de que algo está muito errado e de que a tragédia é iminente. Quando a mesma vem, ainda que previsível, aparece com violência impactante e coerente.
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