sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Percy Jackson e o Ladrão de Raios, de Chris Columbus *


É claro que Chris Columbus nunca foi um gênio cinematográfico. É inegável, entretanto, que tinha talento, eventualmente, para conceber algumas pérolas como “Uma Noite de Aventuras” (1987) e “Esqueceram de Mim 2” (1992). Mesmo os dois primeiros filmes da trilogia de Harry Potter são agradavelmente divertidos. Toda a competência e a experiência de Columbus em conduzir aventuras juvenis parecem ter descido para o ralo em “Percy Jackson e o Ladrão de Raios” (2010). Na ânsia de gerar um novo “Harry Potter”, o diretor esqueceu de conceber uma produção de fantasia minimamente decente. A ação no filme é sempre truncada e burocrática, a caracterização dos personagens é ridícula de tão estereotipada e o roteiro é um primor de cretinice na sua mistura de mitologia grega com drama adolescente na linha “Malhação”. O ápice do constrangimento são as seqüências no refúgio onde os filhos bastardos dos deuses treinam: uma mistura tosca da Sala de Perigo dos X-Men com a escola onde Harry Potter estuda que beira o trash.

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