As minhas expectativas para o “O Fim da Escuridão” (2009) eram muito altas. Para começar, Martin Campbell dirigiu “Cassino Royale” (2006), um dos três melhores filmes da série 007 já feitos e também uma das grandes obras do cinema de ação da primeira metade deste século. E completando os indícios promissores, Mel Gibson seria o protagonista que tem a filha assassinada e sai à busca de vingança. O resultado final da produção, entretanto, é frustrante. O roteiro cai naquela desgastada linha de uma história obscura que aos poucos vai revelando uma escabrosa conspiração envolvendo megacorporações e o governo dos Estados Unidos. Dessa forma, trunca-se a narrativa com mil e uma explicações sobre os desdobres da trama, o que na realidade é apenas conversa fiada e óbvia para mastigar respostas que já eram evidentes lá pela metade do filme. Acaba não restando muito tempo para aquilo que se queria realmente ver: “Mad” Mel mandando ver nos vilões. O que salva “O Fim da Escuridão” é a boa direção de Martin Campbell nas poucas, boas e violentas seqüências de ação, além das atuações expressivas de Gibson, Ray Winstone e Danny Huston.
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