quarta-feira, agosto 07, 2013

A boneca, o gordo e eu, de Axel Ranisch ***


A influência de Aki Kaurismäki na produção alemã “A boneca, o gordo e eu” (2012) é evidente em cada fotograma. O diretor Axel Ranisch, em seu longa de estreia, segue os preceitos do cineasta finlandês com dedicação: narrativa minimalista, abordagem emocional distanciada, personagens outsiders, comicidade amarga, uso constante de planos fixos, trilha sonora marcada por uns rocks esquisitos. Apesar da pouca originalidade, o filme convence – a narrativa é envolvente, direção de fotografia e edição de caráter simples e sóbrio, os atores são carismáticos nas suas caracterizações idiossincráticas. É fato também que é uma obra que pouco transcende, mas para um primeiro longa o resultado é satisfatório. Agora é esperar para ver se Ranisch em seus próximos trabalhos conseguirá sair da sombra de Kaurismäki.

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