Por ser uma produção marroquina, algo não muito habitual de
aparecer nos nossos cinemas, “Pégaso” (2009) pode causar curiosidade pelo seu
exotismo. Por vezes, tal expectativa até se cumpre – a direção de fotografia e
a direção de arte realçam alguns aspectos visuais insólitos, principalmente no
que diz respeito a questões culturais que são prementes no roteiro. Isso,
entretanto, acaba sendo insuficiente para dar uma efetiva envergadura artística
para o filme. A narrativa é muito amarrada em convencionalismo, e o roteiro
padece de um viés psicanalítico muito ostensivo – as viradas da trama são
esquemáticas e o subtexto perde sua sutileza na forma com que todos os
conflitos e dilemas são entregues “mastigados” para o espectador.
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