Tanto atuando roteirista como cineasta, Roman Coppola pauta
sua carreira cinematográfica pela ironia, por um certo distanciamento emocional
e pelo culto a estilização formal. “CQ” (2001) é um exemplar bem acabado dessas
suas obsessões artísticas. Tendo por trama as desventuras de um norte-americano
que vive na mítica Paris de 1969 e pretende ser um cineasta autoral
reconhecido, Roman encontra o pretexto ideal para homenagear algumas de suas
fontes inspiradoras: o existencialismo, a estética pop art de “Barbarella”, a
Nouvelle Vague. Enfim, um culto tanto a ver filmes como a fazer filmes. Às
vezes pode parecer meio superficial e sem densidade dramática, mas é inegável
que em outras oportunidades essa viagem nostálgica de Roman gera sequências de
forte encanto visual.
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