É claro que para muitos (inclusive esse que vos escreve) “Uma
viagem com Martin Scorsese pelo cinema americano” (1995) cumpre uma espécie de
função didática. Afinal, o documentário consegue ser bastante abrangente e
aprofundado sobre a fascinante temática que aborda. Além disso, Scorsese e o
co-diretor Michael Henry Wilson conseguem dar uma dinâmica diferenciada para a
produção em termos de roteiro e edição. Colabora também a paixão e o
conhecimento de causa que o genial cineasta norte-americano coloca em cada
palavra nos seus depoimentos. Mas ainda mais interessante do que encarar o
documentário como uma aula sobre a história do cinema norte-americano e ver
como se ele se relaciona com a própria filmografia de Scorsese e a sua história
pessoal. É como se em cada um dos filmes que ali são analisados pudéssemos ver
fragmentos das inspirações e obsessões temáticas e formais que posteriormente
compuseram alguns clássicos do cinema como “Caminhos perigosos” (1973), “O
touro indomável” (1980), “A época da inocência” (1993) e “Os infiltrados”
(2006). No final das contas, não deixa de ser uma viagem pela mente criativa de
um dos maiores criadores da cinematografia contemporânea.
Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
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Um comentário:
Infelizmente assisti quase nada com relação aos documentários do cineasta.
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