quinta-feira, novembro 28, 2013

O planeta dos vampiros, de Mario Bava ***


É inegável que “O planeta dos vampiros” (1965) pareça bastante datado para os dias de hoje. É uma obra que transita entre o horror e a ficção científica, mas que se mostra incapaz de gerar tensão ou medo para as platéias contemporâneas, ao contrário de outros trabalhos do diretor italiano que até hoje mantém o poder perturbador e inquietante como “Kill, Baby, Kill” (1966) e “Lisa e o demônio” (1973). O que mantém o interesse de “O planeta dos vampiros” é a sua construção visual. A partir de recursos típicos de filmes B, a produção é marcante pelas atmosferas góticas e pela fotografia de tons pictóricos, que geram um estranho encanto estético, e que faz até pensar se Ridley Scott não utilizou a obra em questão como referência formal na concepção do extraordinário “Prometheus” (2012).

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