É inegável que “O planeta dos vampiros” (1965) pareça
bastante datado para os dias de hoje. É uma obra que transita entre o horror e
a ficção científica, mas que se mostra incapaz de gerar tensão ou medo para as
platéias contemporâneas, ao contrário de outros trabalhos do diretor italiano
que até hoje mantém o poder perturbador e inquietante como “Kill, Baby, Kill” (1966)
e “Lisa e o demônio” (1973). O que mantém o interesse de “O planeta dos
vampiros” é a sua construção visual. A partir de recursos típicos de filmes B, a
produção é marcante pelas atmosferas góticas e pela fotografia de tons pictóricos,
que geram um estranho encanto estético, e que faz até pensar se Ridley Scott não
utilizou a obra em questão como referência formal na concepção do extraordinário
“Prometheus” (2012).
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