terça-feira, novembro 12, 2013

Eu, Anna, de Barnaby Southcombe ***

Em termos de roteiro e narrativa, dá para dizer que o diretor Barnaby Southcombe navega em mares tranquilos e previsíveis em “Eu, Anna” (2011). É evidente também, entretanto, que faz isso com considerável elegância. Um dos pontos fortes do filme está na construção de atmosfera – por mais que se saiba que o mistério que envolve a figura da protagonista nem seja tão surpreendente assim, a tensão climática que envolve a trama chega a ser perturbadora na sua combinação de sensualidade, sordidez, culpa e expiação. Southcombe sabe alternar suspense sóbrio com momentos de violência gráfica impactante. O outro trunfo da produção está no seu par de atores principais, Charlotte Rampling e Gabriel Byrne, que com atuações calculadamente contidas se mostram em perfeita sintonia com a natural sutileza da obra.

Nenhum comentário: