Pode ser que para alguns o mote de “Ta chovendo hambúrguer 2” (2013), assim como na
primeira parte, possa parecer um tanto cretino. Mas pense nessa premissa: numa
ilha, alimentos ganham vida, tanto podendo ser novos tipos de vegetais quanto
os mais esquisitos animais. Dependendo das cabeças criativas envolvidas, daria
para criar um verdadeiro épico surrealista, algo na linha da versão genial da
Disney para “Alice no país das maravilhas” (1951). O problema é que não era
exatamente isso que os diretores Cody Cameron e Kris Pean pensaram para a animação
em questão... A produção até encanta eventualmente pela sua beleza gráfica, por
uma certa estilização que foge por vezes dos padrões habituais contemporâneos
do gênero. Mas o que predomina é um convencionalismo incômodo. Por mais que as
boas ideias apareçam aqui e ali, tudo acaba tendo se formatar para os limites
restritivos típicos de uma obra infanto-juvenil vinda de um grande estúdio. E
se até a outrora criativa Pixar vem padecendo de tais limitações, o que dirão
os outros estúdios – claro que há as honrosas exceções, como demonstra o
extraordinário “Detona Ralph” (2012).
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