quinta-feira, outubro 16, 2014

Bad biology, de Frank Henenlotter **


Quando dirigiu “Bad Biology” (2008), Frank Henenlotter estava há mais de 15 anos sem lançar um longa-metragem. Em uma sessão com debate realizada na edição do FANTASPOA de 2014, ele colocou que estava muito decepcionado com as restrições que teve em “Basket Case 3” (1991) e assim resolveu dar um tempo em se envolver em outra produção cinematográfica. Só se sentiu à vontade para voltar quando constatou que teria mais liberdade artística para dirigir um filme da forma que quisesse. Ora, uma situação como essa faz imaginar maravilhas de como seria um filme do cineasta que concebeu a obra-prima “O soro do mal” (1988) se ele estivesse livre para dar vazão à sua criatividade. Nesse sentido, “Bad biology” acaba sendo uma experiência frustrante. As idéias e premissas da trama são promissoras, na sua combinação de escatologia e senso de humor doentio. O problema do filme está na sua execução mesmo: os anos de inatividade de Henenlotter cobram um preço caro, dando para sentir a sua mão pesada na condução de uma narrativa que quase nunca decola.

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