Quando dirigiu “Bad Biology” (2008), Frank Henenlotter
estava há mais de 15 anos sem lançar um longa-metragem. Em uma sessão com
debate realizada na edição do FANTASPOA de 2014, ele colocou que estava muito
decepcionado com as restrições que teve em “Basket Case 3” (1991) e assim
resolveu dar um tempo em se envolver em outra produção cinematográfica. Só se
sentiu à vontade para voltar quando constatou que teria mais liberdade artística
para dirigir um filme da forma que quisesse. Ora, uma situação como essa faz
imaginar maravilhas de como seria um filme do cineasta que concebeu a
obra-prima “O soro do mal” (1988) se ele estivesse livre para dar vazão à sua
criatividade. Nesse sentido, “Bad biology” acaba sendo uma experiência
frustrante. As idéias e premissas da trama são promissoras, na sua combinação
de escatologia e senso de humor doentio. O problema do filme está na sua execução
mesmo: os anos de inatividade de Henenlotter cobram um preço caro, dando para
sentir a sua mão pesada na condução de uma narrativa que quase nunca decola.
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