A opção estética do diretor israelense Avishai Sivan por uma narrativa árida em “O Vagabundo” (2010) não se revela como uma escolha gratuita. Enquadramentos quase fixos, parcos diálogos e ausência de música na trilha sonora compõem um sóbrio todo formal que se mostra em sintonia com a temática melancólica da trama. Tal ambientação faz com Sivan consiga manter uma incômoda tensão ao mostrar o estranho cotidiano do protagonista Isaac (Keren Michael), um jovem judeu tomado por não bem explicadas dores psicossomáticas e que dedica os seus dias e noites a ficar vagando a esmo por sua cidade, cabulando aulas e as sessões de oração no templo religioso que seu pai costuma frequentar. À medida que seu desconforto físico aumenta, as experiências de Isaac vão ficando cada vez mais perigosas e esquisitas. A trajetória do personagem tem traços metafóricos, parecendo aludir à própria situação contraditória da sociedade israelense, portadora de um constante mal estar advinda do medo constante de retaliações da parte do povo palestino ao qual o seu próprio governo oprime.
Um comentário:
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