A diretora suíça Bettina Oberli consegue estabelecer em “Tannöd” (2009) uma ambígua narrativa – apesar da trama na sua essência trazer um drama de suspense envolvendo os mistérios por trás do assassinato de uma família, o tratamento oferecido pela cineasta descamba para uma ambientação em que o elemento fantástico se insinua maliciosamente, a um ponto em que não fica preciso com certeza se aquilo que vimos conteria algo de metafísico ou se apenas faz parte da tensão psicológica dos personagens. Oberli consegue também trabalhar com eficiência a contraposição dos tempos narrativos sem causar confusão para o entendimento da trama, com passado e presente dialogando de forma coerente. É de se destacar ainda o trabalho de direção de arte e fotografia, cujo visual sujo e sombrio valoriza com sensibilidade os cenários naturais repletos de densas florestas e neblinas e rústicas construções, conferindo para “Tannöd” uma atmosfera de conto gótico.Boa parte de amigos e conhecidos costuma dizer que as minhas recomendações para filmes funcionam ao contrário: quando eu digo que o filme é bom é porque na realidade ele é uma bomba, e vice-versa. Aí a explicação para o nome do blog... A minha intenção nesse espaço é falar sobre qualquer tipo de filme: bons e ruins, novos ou antigos, blockbusters ou obscuridades. Cotações: 0 a 4 estrelas.
sexta-feira, maio 13, 2011
Tannöd, de Bettina Oberli ***
 A diretora suíça Bettina Oberli consegue estabelecer em “Tannöd” (2009) uma ambígua narrativa – apesar da trama na sua essência trazer um drama de suspense envolvendo os mistérios por trás do assassinato de uma família, o tratamento oferecido pela cineasta descamba para uma ambientação em que o elemento fantástico se insinua maliciosamente, a um ponto em que não fica preciso com certeza se aquilo que vimos conteria algo de metafísico ou se apenas faz parte da tensão psicológica dos personagens. Oberli consegue também trabalhar com eficiência a contraposição dos tempos narrativos sem causar confusão para o entendimento da trama, com passado e presente dialogando de forma coerente. É de se destacar ainda o trabalho de direção de arte e fotografia, cujo visual sujo e sombrio valoriza com sensibilidade os cenários naturais repletos de densas florestas e neblinas e rústicas construções, conferindo para “Tannöd” uma atmosfera de conto gótico.
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