É provável que detratores habituais de filmes de época
acadêmicos terão motivos suficientes para detestar “Albert Nobbs” (2011). Com
uma direção de arte asséptica e uma narrativa bastante convencional, o filme
realmente pouco surpreende em termos formais, e mesmo a sua temática, apesar do
insólito do tratar do homossexualismo e travestismo na Irlanda do século XIX,
traz um certo rigor classista ao elaborar suas soluções de roteiro. Mas apesar
da originalidade não ser o seu forte, é em outros aspectos que a produção acaba
cativando. Para começar, o elenco traz algumas interpretações expressivas, a
começar por Glen Close e Janet McTeer, em papéis de mulheres que se passam por
homens e que realmente conseguem passar uma sensação de ambigüidade
perturbadora. Brendan Gleeson também chama atenção ao compor um tipo que varia
com sutileza entre a ironia e o melancólico. E por falar nisso, é mérito do
filme também estabelecer uma constante atmosfera melancólica e tensa que consegue
manter o suspense mesmo quando fica mais que evidente que a trama só poderá
descambar em tragédia.
Um comentário:
Não sei porque é tão criticado. O filme é muito bom e me fez assistir mais de duas vezes.
Leia minha critica quando o filme foi lançado em DVD.
http://cinemacemanosluz.blogspot.com.br/2012/06/cine-dica-em-dvd-e-blu-ray-albert-nobbs.html
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