Confesso que não vi a tão mal falada segunda parte da
franquia “Homens de preto”. Assim, minha referência para comparação acaba sendo
a primeira produção lançada em 1997. Essa nova continuação de 2012 é inferior
ao filme inicial, mas mesmo assim traz alguns elementos interessantes. Um deles
é a forma com que o conceito de um mundo dominado por tecnologias
impressionantes e diversos alienígenas esquisitos convivendo com uma certa estética
retro, principalmente no que diz respeito à figura dos próprios agentes “homens
de preto”. Esse contraponto neste terceiro filme é ainda mais acentuado, no
sentido que a trama lida com viagens no tempo. Outro acerto do filme está na
escalação de Josh Brolin em um dos papéis principais – suas expressões de
frieza emocional realmente o remetem a uma versão rejuvenescida do personagem
de Tommy Lee Jones, e sua química com o estilo irreverente de Will Smith pode
ser manjada, mas acaba ganhando uma certa funcionalidade natural. No geral, a
obra dá a impressão de que a combinação de ficção científica estilo anos 50 com
o estilo retro policial poderia render mais em termos de ação e impacto se
fosse permitido uma abordagem menos família e mais violenta. Mesmo assim, “Homens
de preto 3” consegue extrair alguns bons momentos de aventura escapista.
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